Você está com dor de ouvido depois de mergulhar?

Isso pode ser otite do nadador ( nome técnico: otite externa difusa aguda) , muito comum após praia ou piscina, já que está associada a alta temperatura e umidade, mas também pode ocorrer devido a trauma local (coçar ou usar cotonete) e  protetores auriculares. Esses fatores alteram o ph do canal do ouvido, retiram secreção produzida pelo ouvido para sua proteção,  provocam pequenos machucados e, por isso, e favorecem o crescimento de bactérias, sendo a Pseudomonas aeruginosa e a classe dos estafilococos as mais comuns.

Pode começar só com uma coceira ou sensação de ouvido entupido, mas logo evoluiu para dor muito intensa, porque o canal do ouvido  é extremamente rico em terminações nervosas, além de secreção (pus) no ouvido. 

O tratamento é simples e rápido e envolve a limpeza do canal auditivo pelo otorrino no consultório e gotas com antibiótico, além de analgésicos. Antibióticos orais (comprimidos) são reservados para casos graves, pacientes imunodeprimidos, história de irradiação (radioterapia) da orelha, diabéticos, dor muito intensa e casos em que a aplicação das gotas é impossível pelo inchaço do canal do ouvido. 

Além disso, o paciente deve evitar entrada de água nos ouvidos, colocando algodão embebido em óleo no ouvido e touca durante o banho secando bem após o banho (pode usar até secador). Também é proibido de mergulhar e de usar aparelhos auditivos e fones de ouvido durante o tratamento. 

A prevenção da infecção e da dor de ouvido após mergulho deve ser feita nos casos recorrentes, pacientes que vivem em ambientes quentes e úmidos e que pratiquem esportes aquáticos, através de:

1- Remoção de cerume obstrutivo, ou seja, aquela cera em excesso que entope o ouvido,  no consultório do otorrino, antes do mergulho.

2- Uso de gotas ácidas e secativas,  prescritas pelo otorrino, que equilibram o ph do ouvido e assim evitam proliferação dos germes causadores de infecções. 

3- Uso de protetores auriculares ao nadar;

4- Não coçar ouvido;

5- Evitar trauma (uso de cotonete, ou outros objetos). Esses dois últimos hábitos provocam pequenas feridas na pele do ouvido que funcionam como porta de entrada para as infecções.

Dra Kênia Assis Chaves

Médica Otorrinolaringologista

CRMMG 52018

RQE 33072

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