Os dois exames avaliam o funcionamento do labirinto, mas cada um de uma maneira, e objetivam mostrar se a tontura é devido a doença do labirinto e qual efeito dessa doença causa no labirinto. Neste post, vou falar sobre a utilidade de cada um deles e a diferença entre eles.
VECTOELETONISTAGMOGRAFIA ou VIDEONISTAGMOGRAFIA (VENG)

*Eletrodos monitoram movimentos dos olhos enquanto paciente olha para uma luz que faz movimentos específicos e durante injeção de água/ar nos ouvidos;
*Diferencia causa central e periférica de tontura (neurológica x otorrinolaringológica);
*Frequência baixa de estímulo;
*Testa o labirinto como um todo;
*Mostra diminuição da atividade do labirinto ou irritação do labirinto por doença de outra parte do corpo (como causas metabólicas e cervicais);
*Considerado mais incômodo para o paciente;
*Precisa de preparo para o exame (alimentação e medicação).
VHIT (video impulse test ou teste do impulso cefálico)

*Óculos especial monitora movimento do olho enquanto examinador faz movimentos rápidos na cabeça do paciente;
*Poucas vezes diferencia causa central e periférica de tontura;
*Frequência alta de estímulo, mais próxima a dos movimentos habituais;
*Testa cada canal semicircular separadamente;
*Mostra apenas hipofunção do labirinto;
*Gera menos tontura durante realização do exame;
*Pode gerar dor cervical durante exame se já houver doença prévia deste local;
*Retirar maquiagem é o preparo básico deste exame.
EXAMES DIFERENTES E COMPLEMENTARES
Como os dois exames testam o labirinto de maneiras e frequências diferentes, eles podem e costumam dar resultados diferentes, sendo considerados complementares, ou seja, um não substitui o outro e sim acrescenta mais um dado. Juntos, promovem avaliação mais completa do sistema vestibular.
Dra Kênia Assis Chaves
CRMMG 52018
RQE 33072